Kenya

Um país que pode ser considerado um modelo de transição colonial, que conseguiu sobreviver num continente sui generis, mantendo o equilíbrio no desenvolvimento económico, social e político.

Agora, por questões étnicas e raciais encontra-se mergulhado numa crise de violência incontrolável (à primeira vista).

Tem-me feito muita impressão o que está a acontecer naquele país africano, mas o que realmente me choca é a atitude, um tanto ou quanto displicente, das “democracias ocidentais”, incluindo toda a EU e os EUA, perante o grave panorama de barbárie.

A ONU nomeou o Kofi Annan para umas pretensas reuniões de entendimento, salvaguardando assim a sua posição. No entanto, os resultados não se notam e continuam a queimar-se e a matar-se brutalmente pessoas perante a impotência ou deverei antes dizer, o silêncio absurdo dos países ocidentais que se regem por interesses não tão humanos ou humanitários quanto isso.

Muita gente rejeita a ideia do fardo e da responsabilidade do homem branco neste continente. Contra factos, não há argumentos e os actuais Estados africanos são, na sua maioria, artificias uma vez que as suas fronteiras nem sequer correspondem à divisão das tribos que existiam antes da colonialização.

A redefinição dos mapas atendendo principalmente a critérios económicos é, minha leitura, uma das muitas justificações (se é que se pode chamar assim!) para tantos conflitos em todo o mundo.