O semanário Sol publicou um
artigo, com direito a meias-gordas e tudo, sobre a opinião dos alunos da UBI acerca do aborto.
Como se esperava, ou pelo menos como eu esperava, o sim ganhou e (tambores...) a maioria da comunidade académica
absteve-se!De um universo de 6500 pessoas, 493 responderam à questão que irá ser colocada no referendo de 11 de Fevereiro!
Não sou uma expert em estatística e análise de dados mas estou bem informada acerca do funcionamento daquela universidade. A maioria dos estudantes da UBI está pura e simplesmente a marimbar-se para o seu curso e ouve muitas vezes dizer-se: 10 é nota, 11 é luxo! Os desconfortáveis assentos dos anfiteatros só começaram a ser aquecidos devido à obrigatoriedade de presença nas aulas teóricas (mesmo nos cursos onde a prática é quase inexistente).
Quando li esta notícia, admirei-me com o elevado número de pessoas que participou e a segunda coisa que me veio à cabeça foi que o inquérito tinha sido apresentado demasiado cedo (tipo 9:00am) e não havia alunos nem pessoal docente para responder ao inquérito! Os alunos faltaram e os docentes começam a trabalhar tarde e a más horas, porque com o frio da Covilhã não se pode sair de casa antes das 11 da manhã!
Não que seja contra este horário, tem é que se adequar a cada profissão e serviço!
Outro ponto interessante é o facto de o inquérito ter sido realizado devido à falta de informação sobre o aborto e o referendo!
Ora, os inquéritos devem ser um género de espelho do seu universo e destinar-se a pessoas previamente informadas de modo a que seja traduzida uma opinião reflectida e esclarecida da parte de quem responde.
Para informar, além de revistas, jornais, posters, panfletos, já para não falar da internet, televisão e rádio, também se costuma organizar acções de propaganda informativa, debates, tertúlias e tantas outras coisas que uma associação de estudantes pode facilmente promover.
Resta-me aguardar os resultados dos dados recolhidos.