Sub silentio

domingo, maio 25, 2008

A frivolidade dos vagabundos

Primeiro, o susto e aquela impressão na barriga (que até parou a digestão!).
Depois, o exercício premeditado - lembrar-me da vez em que fechei o livro com a convicção de quem o acaba, que liberta alguns ácaros que pairam pela luz vinda do candeeiro até que poisam e ficam eternamente moribundos num sítio qualquer.

Resultou!
Não se ouviu mais a minha voz.

Vi como espreitavas a minha alma e procuravas compreender a distância e a ausência ali tão presente. Abraçaste-me com culpa e na tentativa de mais um perdão daqueles que tanto gostas. Uma desculpa silenciosa que eu costumava ansiar e consentir mal o teu único olhar profundo me baleasse a alma.

Fugiste com medo e vergonha. Com medo que a estória se repetisse. E repete sempre porque tu não consegues enfrentá-la e admitir que perdeste. Desta vez fugiste mais cedo. Estavas à espera que também me virasse para trás e continuasse presa no teu olhar como tu estás preso à tua cobardia. Eu vi pelo canto do olho. Sentiste-te desarmado, sozinho, abandonado, vazio.

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Não, não estava a dormir. Se queres saber, nem dormi. Tive a sorte cinematográfica dos melancólicos quando liguei o rádio e banda sonora desconhecida encaixava na perfeição.
Não, não quero que venhas falar comigo. Não te quero ver. Precisas de dizer o quê? Mais uma verdade dogmática momentânea?
Encontra-te primeiro. Descobre quem és e o que queres.
Percebe que para mim só funciona a reciprocidade e que desta vez não é recíproco. Ou melhor, talvez agora seja recíproco! Não funciono com tamanha mediocridade. Não me chegas. Não precisva de mais até ter esse mais que "fits like it should".
Precisavas ter sido humano e não um bicho para assumires, para conseguires falar, para me Libertares do teu cheiro e me deixares partir sem saudades, sem mágoas. No regrets!
Preferia lembrar um único e ínfimo momento contigo (que, deixa-me dizer-te, compensava todos os outros em que não estavas) do que ter que fazer o esforço visceral para ir até ao baú na sombra do sótão e tirar o dia em que a réplica abriu uma brecha.

I was wondering...

... porque é que os homens nos seus 50s são tal e qual as palavras-cruzadas de Domingo do NY Times: tricky, complicated and you're never sure you got the right answer!

quarta-feira, maio 21, 2008

Expo 98

Há 10 anos atrás, em Lisboa.
Uma das melhores Exposições Mundias de sempre.






Éxpô, à Mário Soares
Eishpó, à Mega Ferreira

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quinta-feira, maio 15, 2008

Shine your Light!

Se Mick Jagger não fosse um rock idol, teria tido uma carreira brilhante como tenista!

A sua rapidez de pés deve ser bem maior que a do Djocovic ou do Federer!

And the Drums

great dj - the ting tings

Conservadora-liberal

Já não se pode deixar o post para amanhã porque alguém o vai escrever hoje.


« O liberal-conservador não é nem um liberal puro, nem um conservador puro. Aliás, o principal inimigo do liberal-conservador é o purista de qualquer tendência. A verdade é que o liberal-conservador embirra com os liberais puros que nos dão uma má fama ao fazerem-se passar por nós, liberais-conservadores. Os liberais puros reduzem a política à economia, não toleram desvios ao que defendem e vendem o liberalismo como um plano quinquenal. (…) O liberal-conservador também não vai à bola com o conservador puro. O conservador puro tem a dificuldade de conviver mal com a liberdade dos outros (…) Um liberal-conservador está sempre a vigiar a temperatura das suas convicções. Se o termómetro dispara para cima ou para baixo ele age logo com medidas temperadoras. Como liberal preza a independência pessoal contra todas as formas de sujeição, servilismo e pobreza. Como conservador reconhece que a independência absoluta é um projecto impossível e que há um módico de autoridade e hierarquia que temos de aceitar. Como liberal é individualista e pelo mercado. Como conservador reconhece que os indivíduos vivem melhor em comunidades socialmente coesas e organizadas. Como liberal é optimista. Como conservador é pessimista sobre o seu optimismo. Como liberal aprecia a cultura de massas. Como conservador não diz que é arte qualquer saloiice. Como liberal acredita. Como conservador desconfia.

O hífen é importante porque, como o Pedro indica, os conservadores e liberais «puros» têm vícios imutáveis: o pouco amor à liberdade de um lado e o determinismo económico do outro. Eu, que sou conservador por educação e liberal por aprendizagem, prefiro por isso esse estatuto periclitante do «hífen». Claro que a ordem dos factores (antes e depois do hífen) não é arbitrária. Explico a minha preferência citando Tocqueville: «aristocrate de coeur mais démocrate de raison». »



Se bem que eu não o escreveria com esta destreza!

quarta-feira, maio 14, 2008

Contas


" Quantos tiveste? A pergunta salta entre o ciúme dos homens. Para uma mulher nunca interessa saber nem tão pouco responder. Uns seguramente serão esses enganos impossíveis de refazer, outros serão essas paixões impossíveis de ultrapassar. Mas tudo é passado, metido numa gaveta no fundo do subconsciente. O que conta é o Presente. Contudo o ciúme é insensato e imprudente e torna a questão numa cruzada momentânea. O homem e o seu sentido de propriedade & posse, esse perpétuo erro crasso masculino. E por isso, ano após ano, vida após vida, a questão aparece repetidamente até encontrar uma resposta. E qualquer que ela seja — dois ou trinta — para um homem serão sempre demasiados. Melhor nunca perguntar, melhor nunca responder. "


in vontade indómita

A agenda

A agenda cultural tem estado verdadeiramente preenchida!

Três noites : três espectáculos!

Os meus gostos musicais são amplos, ou melhor, abrangem vários tipos musicais, como também excluem quase ditatorialmente outros nomeadamente reggae, dub e ska.

Dia 8 de Maio, os Soulwax abriram a época das festividades com a exibição do aguardado documentário "Part of the weekend never dies" que nos conta a história dos irmãos Dewaele e dos 2Many DJ's no mundo da música. Seguiu-se um concorrido concerto da Radio Soulwax em Nite Versions no Lux e por fim, uma pista de dança bem mais espaçosa ao som de 2Many DJ's (and some friends) que esteve à altura do protagonismo destes belgas.



Domingo, 11 de Maio. O bom concerto dos The National preencheu a noite. Tão depressa estavam 2000 pessoas de pé, balançando o corpo ao ritmo das guitarras e acompanhando o Matt Berninger nos vocals como de repente o silêncio inundava a plateia que ouvia introspectivamente as letras brilhantes de alguns temas mais calmos. A histeria de muitos fãs teve o seu ponto mais alto quando Matt saltou do palco para as doutorais.


Terça-feira, 13 de Maio, dia de Nossa Senhora de Fátima. Assisti pela primeira vez a um concerto de Bebel Gilberto. Muito bom.

(Os meus olhos não me permitem continuar a escrever por isso hije não haverá mais opiniões musicais!)

Sobre os salários escandalosos

Há quem diga que é Social Democracia vigora nos países onde existe maior distribuição de rendimentos e melhor equilíbrio e nível de vida em todo o Mundo.
As empresas privadas devem ser livres de fixar os ordenados dos seus trabalhadores, deixando os ministros de fora de tais decisões. É justo que quem trabalha e apresenta resultados seja bem remunerado; os prémios de mérito são benéficos.



Agora, é igualmente justo o papel dos Governos, que têm preocupações sociais, no que respeita à criação de cargas fiscais fortes, sobretudo em países que apresentam desigualdades muito marcadas.



O Governo, não só tem o direito, como tem o dever de decretar uma carga fiscal suplementar, sobretudo num país como Portugal que é um dos países que apresenta maiores discrepâncias sociais da Europa.



Atendendo à situação específica de cada país e à equidade ou não equidade da distribuição dos rendimentos, os Governos têm o dever de aplicar a carga fiscal de modo a penalizar e fazer pagar mais aqueles que maiores salários recebem.



Em Portugal, na economia de mercados, as empresas são dos accionistas, mas, com excepção do episódio BCP, onde houve uma intervenção activa de accionistas na governação de uma grande empresa, na maior parte das empresas portuguesas os accionistas estão completamente a leste do que lá se passa e as Administrações muitas vezes têm demasiada latitude e margem de manobra para fixar o que quer que seja com um controlo diminuto por parte dos próprios accionistas.



Puro Socialismo?

segunda-feira, maio 12, 2008

"E conforme tu sentiste tudo, sinto tudo, e cá estamos de mãos dadas,
De mãos dadas, Walt, de mãos dadas, dançando o universo na alma."

Para poder decidir

sábado, maio 10, 2008

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Afastas o teu caminho do meu, não te censuro. Não é fácil, mas aprendo a aceitar. Aceito que não somos iguais, tu não és eu e eu não sou forte como tu. Ou não sou como tu, simplesmente. Aceito que o amor não é fácil, de dar nem de receber, e menos ainda, de aceitar que não exista. Sou o que fazem de mim as tuas distâncias, os teus regressos intensos e, já sei, não tão sentidos como gostaria. Sou a espera por esse teu cheiro que fica semanas depois de ires, partículas da tua pele que não saem da minha - e eu não quero. Vais e voltas, voltas sempre. Mas nunca sei quando ou por quanto tempo ou porquê. Presente ausência. Não me esqueço de ti e não me esqueço de nós, apesar de tentar. Não sei o que é Nós, sei que é absurdo pensar assim, não me percebes mas achas que sim. Não, não percebes. Não fazes uma ideia do que é ser eu, não sabes o que sinto nem porquê, e se tento explicar, tens mil e uma coisas a dizer sobre isso. Não consigo relaxar. É nos meus livros que te procuro - e chego a encontrar. É nas folhas dos passeios e na chuva em telhado de vidro que me diz que este sol não é quente e este dia não acaba assim tão facilmente. Não te procuro mas não sei dizer-te que não. Tens esse estranho poder sobre mim, e cada vez que penso que para a próxima vez não vou ceder, chegas devagarinho, em bicos dos pés para não me acordares e enroscas-te em mim, tiras-me o cabelo da cara e respiras, respiras sempre, acordas-me de propósito com o ar que te enche os pulmões e volta para a almofada. E se acordo e me sabe bem ter-te, sei que já não descanso porque não deixo de pensar que agora estás mas és volátil, vais embora antes que tenha tempo de esticar os músculos e abraçar-te. Às vezes penso se serás real, se não és só um qualquer trick of the mind, mais uma das personagens da minha imaginação incansável. Vais dando notícias na distância, é isso que te liga à realidade, só assim sei que existes mesmo quando não existes comigo.


Love me or leave me
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Nobody nose

Today's OST

sexta-feira, maio 09, 2008

Urban History of Photography

quinta-feira, maio 08, 2008

Ri-te!

Bla bla bla

Estou sem inspiração, paciência, capacidade oftálmica, interesse, etc para escrever.